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Síntese do texto “O que é gramática gerativa?” de Lorenzo Vitral

  • Foto do escritor: Lucimara da Silva Corrêa
    Lucimara da Silva Corrêa
  • 7 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Síntese do texto “O que é gramática gerativa?” de Lorenzo Vitral (UFMG).


Por volta de 1957, o linguista Noam Chomsky em conjunto com outros pesquisadores, desenvolveu a Gramática Gerativa. O estudo da linguagem feito por meio das teorias é sempre por partes, não existe uma teoria bem sucedida em que o fenômeno da linguagem seja estudado por inteiro. O aspecto a ser estudado pela Gramática Gerativa é o da sintaxe das línguas, contudo ele não vem a ser o seu objeto de estudo, esse lugar é ocupado pela Gramática Universal.

A definição da Gramática Universal se dá, de início, como os aspectos sintáticos que são comuns a todas as línguas do mundo. Mesmo com a variação presente de língua para língua, foi suposto que existiria uma gramática que valesse para todas. A composição dessa gramática se daria pelos mecanismos de associação da língua, com a interpretação dos significados dos sons, e também princípios que barrariam as possibilidades de combinações desses significados. Essa gramática ainda “controlaria” a variação das gramáticas das línguas, permitindo apenas que frases bem-formadas de uma língua ocorressem.

Há distinção entre a dicotomia bem-formada/malformada com a oposição correta/incorreta, visto que a frase incorreta não se trata necessariamente de uma frase malformada. O linguista também lida com essa última, trabalhando mais precisamente em um limite entre a primeira dicotomia. E assim, se identificam os princípios da Gramática Universal, entre o mundo da gramaticalidade e da agramaticalidade. Essas ideias geraram uma redefinição da linguagem e da teoria linguística. A Gramática Gerativa, diferente do estruturalismo, preserva como essencial os recursos da linguagem. Destaca a possibilidade de que mesmo com elementos finitos, haja a formação de frases infinitamente. Contudo, nem todo tipo de frase, existindo um filtro para as malformadas.

Existem dois tipos de evidências e uma crença que justificam a hipótese da Gramática Universal. A crença prega que existe um mundo perfeito composto de leis que o cientista deve descobrir ou estabelecer, sendo a hipótese uma passagem de tal crença para o domínio da linguagem; o primeiro tipo de evidência caracteriza-se pelo trabalho empírico de análise de línguas, estabelecendo regularidades entre as línguas e princípios que as expliquem; por fim, o outro tipo de evidência trata-se da aquisição da linguagem pela criança, onde são ativadas estruturas já conhecidas por ela. A Gramática Universal é transmitida geneticamente, é basicamente uma teoria sobre mecanismos inatos, uma matriz biológica, que disponibiliza uma estrutura onde acontece o desenvolvimento da linguagem.



 
 
 

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