CHUVA E PENSAMENTO (19/01/2019)
O barulho da chuva na parede a ecoar.
O barulho dos pensamentos na mente a gritar.
O vento espalha a chuva, a dispersa.
O papel escuta as vozes, as torna em versos.
Versos simples vêm dos pensamentos complexos.
A chuva já é estado final, já cai pronta,
líquida, molhada. Os ambulantes afronta.
Os pensamentos, inexoravelmente surgem,
incompletos, sólidos. Como leões, rugem.
E no mais distante tempo,
se confundem chuva e pensamento.
Ambos, uma vez soltos, se desfazem, esbanjam,
alagam, e se vão.
Destroem o papel e castigam o coração.