Texto autoral: Manhã
- Lucimara da Silva Corrêa
- 20 de abr. de 2019
- 1 min de leitura
MANHÃ (20/04/2019)
Raios de sol perpassam sua pele
Uma brisa matinal sopra em seu rosto
A negatividade instantaneamente se repele
Um novo dia se faz, traz consigo outro gosto.
Escorre o café amargo, escuro, denso
Cheira-se pelo ambiente o pão saído do forno
Na xícara dá-se o primeiro gole tenso
Nasce o dia com pão fresco e café acidentalmente morno.
Adequa-se à máscara social
Vestimenta, calçados, cabelos e comportamento
A casa deixa em busca de capital
Dá-se largada a uma grande jornada de duro tormento.
Cansado retorna, o sacrifício foi feito
Chora ao banho isolando o ouvido
Recusa-se a ouvir batido o sofrimento do peito
Indaga então: terá mais um dia vivido ou terá, no fim, existido?
Dorme aos prantos
Estrelas no céu avisam a meia noite
Destes dias virão tantos
Que a manhã o afoite.

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